Elas já foram mais presentes em nossas ruas, mas a insegurança de trafegar de bicicleta por Cabo Frio pode ameaçar o futuro deste transporte que tem tudo a ver com a cidade. As características geográficas e climáticas são um estímulo – vias planas, distâncias curtas e pouca chuva –, mas o fato é que o aumento do número de carros, hoje em torno de 100 mil circulando no município, tem tornado o convívio entre motoristas e ciclistas conflituoso.
Para que o cabo-friense continue a considerar a bicicleta como meio de transporte opcional é preciso que o poder público dê ao morador segurança. Hoje a cidade conta com poucas ciclovias, sem sinalização adequada e não conectadas, ligando nada a lugar nenhum. O baixo número de vias exclusivas e a falta de conexão entre elas levam os ciclistas e se arriscarem em meio ao trânsito, o que resulta em recorrentes acidentes, muitos deles fatais.
Ações de mobilidade urbana precisam sair o mais rapidamente possível do papel antes que o hábito cultural de se locomover de bicicleta pela cidade se apague. Essas obras necessárias têm de vir casadas com campanhas de educação de trânsito para motoristas e igualmente para ciclistas, que muitas vezes não respeitam as regras de trânsito e colocam em risco os pedestres.
Com Cabo Frio pedalando ganham todos: motoristas, ciclistas, pedestres e também a natureza.
*Alexandra Codeço, vereadora da Câmara Municipal de Cabo Frio pelo PRB.